quarta-feira, 28 de março de 2007

Pela primeira vez

Após o passeio na mata,
Me vi diferente
Ao te ver novamente pela primeira vez
De boca úmida, silenciosa,
Escutavas a água correndo ao teu lado.

A partir daí, nada de chuva
Nada de canto, nada de pranto ou dor
Iluminada, diante de mim.
E eu, que não sou anjo, nem nada,
Nem mesmo o vento sentia,
Nem mesmo meu nome sabia.

Permaneci calado, mãos inquietas e pulso acelerado
Pus meus pés no riacho
Desejando um toque teu.
Calado, espero que teu amor me dissolva, me derreta
Que me faça iluminado, diferente
ou que permita te veja novamente
Pela primeira vez.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olhava as folhas verdes orvalhadas..
Apenas elas choravam..Doce sonho feliz? Ou eram as gotas dos meus olhos que lavavam a poeira empreguinada do meu coração?