ainda é cedo
e nem toda a luz no céu me traz alegria.
pois vivo alegre é na noite.
na lua.
no escuro que me anuncia sua chegada.
nessa hora de recomeço
penso no que fazer para a reconquista.
pois sei que a verei novamente, pela primeira vez.
seu sorriso? sei que terei amanhã,
um novo, novamente
em outra face, em outra fase
com outro olhar.
penso em como falar femininamente ao ouvido da mulher
gravando em sua alma de forma indelével
- “Te amo devagar e urgentemente”
“la mer...”
Sei de amanhã...
... à tarde, esperarei novamente a lua
desta vez, direi a ela o quanto está linda
direi do espaço que ocupa nesta terra árida
pedirei para não se esquecer de tudo isso.
pois é só isso... e eu não esqueço.
A montanha rompe seu silêncio ao ver a lua. Como um cenário, Eu, a montanha quieta. A lua em suas fases, suas faces, me altera a beleza. Percorre minha silhueta, revelando-me.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
tempo passando
semana passada
beijos doces desejos
mês passado
presentes querer esperança
ano passado
lembrança euforico amor
dois anos passados
silêncio saudade e dor
beijos doces desejos
mês passado
presentes querer esperança
ano passado
lembrança euforico amor
dois anos passados
silêncio saudade e dor
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Pouco Andante
Me sinto cavaleiro andante
Pouco errante, pouco errado, pouco só
Em meu inventário pouco vento, pouco falar,
Pouco tamanho, pouca voz
Pouca lágrima, pouco andar
Pouco sentir para tanta natureza
Pouca beleza para pouco olhar
Pouco errante, pouco errado, pouco só
Em meu inventário pouco vento, pouco falar,
Pouco tamanho, pouca voz
Pouca lágrima, pouco andar
Pouco sentir para tanta natureza
Pouca beleza para pouco olhar
domingo, 26 de outubro de 2008
Outubro
Após longa caminhada vejo a chegada de Outubro.
Outro ano se completa enquanto outro se inicia.
Terei todas as datas novamente, do natal a primavera
Terei a fala tua que se silencia, outra jornada de esperança
Terei outro dia como criança, outros choros de saudade
Não terei a mesma idade, outra água outro rio.
Terei outro desafio, outra casa a construir
Não terei aonde ir, outra lua para ver.
Terei como crescer, pois chegando Outubro
Outro ano se inicia enquanto outro se completa
Terei outra busca, outra esperança perdida
Terei outra porta aberta, tua fala de menina.
Terei nova caminhada para trás
Terei o que mais me conforta
O saber que Outubro virá, com novas datas
Outro tempo para ser Outro tempo
Outro tempo para (vi)ver
Outro ano se completa enquanto outro se inicia.
Terei todas as datas novamente, do natal a primavera
Terei a fala tua que se silencia, outra jornada de esperança
Terei outro dia como criança, outros choros de saudade
Não terei a mesma idade, outra água outro rio.
Terei outro desafio, outra casa a construir
Não terei aonde ir, outra lua para ver.
Terei como crescer, pois chegando Outubro
Outro ano se inicia enquanto outro se completa
Terei outra busca, outra esperança perdida
Terei outra porta aberta, tua fala de menina.
Terei nova caminhada para trás
Terei o que mais me conforta
O saber que Outubro virá, com novas datas
Outro tempo para ser Outro tempo
Outro tempo para (vi)ver
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Decisão
Desisto
Não existe a princesa que eu perseguia
Aquela que me beijaria a face, me transformaria em sapo
Não existe se quer, a Lagoa onde cantaríamos odes a lua.
Desisto da fada madrinha que me tocaria a cabeça
Aquela que me transformaria em boneco, falante
Dando-me a vida que sempre quis e me ensinando a falar verdades
Desisto do era uma vez do reino encantado
Decido que vou gostar do padrasto que não me quer
Decido que construirei o meu feliz par a sempre
Sem esperar que a estória chegue ao fim
Não existe a princesa que eu perseguia
Aquela que me beijaria a face, me transformaria em sapo
Não existe se quer, a Lagoa onde cantaríamos odes a lua.
Desisto da fada madrinha que me tocaria a cabeça
Aquela que me transformaria em boneco, falante
Dando-me a vida que sempre quis e me ensinando a falar verdades
Desisto do era uma vez do reino encantado
Decido que vou gostar do padrasto que não me quer
Decido que construirei o meu feliz par a sempre
Sem esperar que a estória chegue ao fim
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Cantinho
O canto que canto é silencioso
É um canto, apenas.
Um canto, do canto da minha alma.
Todo teu. Para senti-lo, no canto dos olhos.
É um canto do coração
Do canto menino desse homem que sou.
Um cantinho. Não por ser pequeno, pelo grande carinho.
Quase um canto meu, no teu canto
Que não vê canto mais lindo que o teu!
É um canto, apenas.
Um canto, do canto da minha alma.
Todo teu. Para senti-lo, no canto dos olhos.
É um canto do coração
Do canto menino desse homem que sou.
Um cantinho. Não por ser pequeno, pelo grande carinho.
Quase um canto meu, no teu canto
Que não vê canto mais lindo que o teu!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
esperar outra vez
é hora de vir e ela nao veio.
outro curso, talvez
outro rio, outra via.
talvez outro dia, outro ar.
esperarei mais um mês
findando esse tempo
renovarei a esperança
por certo ela há de chegar.
se não, esperarei outra vez
outra hora, outro mês
outro curso, talvez
outro rio, outra via.
talvez outro dia, outro ar.
esperarei mais um mês
findando esse tempo
renovarei a esperança
por certo ela há de chegar.
se não, esperarei outra vez
outra hora, outro mês
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Tua Imagem
Que farei da imagem tua em que minha vida habitava?
Que farei dos caminhos por onde andavas, sulcando minha terra?
E da guerra que travava para te buscar?
E das flores, do chapéu? Que farei do céu, da boca, e dos beijos que quero dar?
Que farei do colo que imaginava, já que a ida de tua imagem levou também a árvore que seria nossa sombra?
Que farei sem tua imagem, minha construção, se uma nova me apresentas e não me deixas imaginar.
Que farei dos caminhos por onde andavas, sulcando minha terra?
E da guerra que travava para te buscar?
E das flores, do chapéu? Que farei do céu, da boca, e dos beijos que quero dar?
Que farei do colo que imaginava, já que a ida de tua imagem levou também a árvore que seria nossa sombra?
Que farei sem tua imagem, minha construção, se uma nova me apresentas e não me deixas imaginar.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Perda
sim, também perdi alguém.
depois alguém, que nem me pertencia,
e depois outro alguém, que não pôde me conhecer
perdi como se fosse minha, a vida
perdi outro dia, outro alguém na vinda
como a mim mesmo, perdi na ida
com dor que desconhecia.
e agora não há a quem contar
não há para quem cantar
nem sequer poesia de aprender perder
depois alguém, que nem me pertencia,
e depois outro alguém, que não pôde me conhecer
perdi como se fosse minha, a vida
perdi outro dia, outro alguém na vinda
como a mim mesmo, perdi na ida
com dor que desconhecia.
e agora não há a quem contar
não há para quem cantar
nem sequer poesia de aprender perder
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Das ilusões
Das ilusões que tenho
retiro os sonhos, passados
dias calados, o frio
beijo não dado, o cenho
tez cansada, a idade
da pedra, que tenho
retiro caminhos, passados
dores do chute, dores
dos amores, desilusões.
Das ilusões que tenho, retiro tudo
deixo apenas a lua, intocada
a flor sedenta da água, que não possuo
deixo as penas, o resto e pouco que sou.
retiro os sonhos, passados
dias calados, o frio
beijo não dado, o cenho
tez cansada, a idade
da pedra, que tenho
retiro caminhos, passados
dores do chute, dores
dos amores, desilusões.
Das ilusões que tenho, retiro tudo
deixo apenas a lua, intocada
a flor sedenta da água, que não possuo
deixo as penas, o resto e pouco que sou.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Palavra esperada
Seria serena a vida
Não fosse essa peça pregada
Não fosse minha boca calada pedindo perdão.
Dissesse eu a palavra esperada, estaríamos juntos na estrada outra vez.
Beijasse eu tua face
Pusesse teus olhos em mim, teria eu a visão da flor
Saberia o que é coração
Faria eu oração. Pediria que amasses.
Seria serena a vida
Não fosse eu quem eu sou
Não fossem meus olhos árida terra.
Houvesse eu me preparado para a guerra, a palavra esperada seria dita.
Beijasse eu tua face
Pusesse tua boca em mim, teria eu a fala do amor
Saberia o que é canção
Faria eu oração. Pediria não me deixasses.
... e serena seria a vida.
Não fosse essa peça pregada
Não fosse minha boca calada pedindo perdão.
Dissesse eu a palavra esperada, estaríamos juntos na estrada outra vez.
Beijasse eu tua face
Pusesse teus olhos em mim, teria eu a visão da flor
Saberia o que é coração
Faria eu oração. Pediria que amasses.
Seria serena a vida
Não fosse eu quem eu sou
Não fossem meus olhos árida terra.
Houvesse eu me preparado para a guerra, a palavra esperada seria dita.
Beijasse eu tua face
Pusesse tua boca em mim, teria eu a fala do amor
Saberia o que é canção
Faria eu oração. Pediria não me deixasses.
... e serena seria a vida.
domingo, 1 de junho de 2008
Tropeço
Meu coração se apegou a um sentimento novo
E a poesia não pode me ajudar.
Nem mesmo o saber as coisas que sei.
Não me auxilia tudo o que falei, ou deixei de falar.
O tropeço fora mais forte dessa vez
E a dor mais doída
Tivesse eu olhado a pedra na estrada
Tivesse eu mais cuidado com a vida
Palavra triste não seria falada
Tristeza tamanha não seria sentida
Há lágrimas que não verto
Sou árido e o choro poderia me aliviar
Mas o alívio seria meu, apenas
Por essa terra seca não valeria chorar.
E a poesia não pode me ajudar.
Nem mesmo o saber as coisas que sei.
Não me auxilia tudo o que falei, ou deixei de falar.
O tropeço fora mais forte dessa vez
E a dor mais doída
Tivesse eu olhado a pedra na estrada
Tivesse eu mais cuidado com a vida
Palavra triste não seria falada
Tristeza tamanha não seria sentida
Há lágrimas que não verto
Sou árido e o choro poderia me aliviar
Mas o alívio seria meu, apenas
Por essa terra seca não valeria chorar.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Pudesse voltar...
A lua ainda sorria no céu quando partimos eu e a tristeza
A flor orvalhada olhava-me, chorava minha ida a outra terra
O caminho que vi não me encantou
Nem mesmo a música que ouvi.
Não me encantaram a montanha, as águas e o sol surgindo
Não me encantou o sentimento menino.
E a paz que não senti, me pedia para voltar.
Deixei que as lágrimas caíssem a umedecer minha face, essa terra insossa.
Ah! Pudesse eu ser e não estar...
Pudesse ver e não querer...
Pudesse voltar ao tanto de felicidade que tinha...
Pudesse voltar ao tanto de felicidade que dava, eu voltava.
A flor orvalhada olhava-me, chorava minha ida a outra terra
O caminho que vi não me encantou
Nem mesmo a música que ouvi.
Não me encantaram a montanha, as águas e o sol surgindo
Não me encantou o sentimento menino.
E a paz que não senti, me pedia para voltar.
Deixei que as lágrimas caíssem a umedecer minha face, essa terra insossa.
Ah! Pudesse eu ser e não estar...
Pudesse ver e não querer...
Pudesse voltar ao tanto de felicidade que tinha...
Pudesse voltar ao tanto de felicidade que dava, eu voltava.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Outra margem
Na outra margem
Paisagem bela, temperatura amena, chuva anunciada
Uma nova estrada com pedras que não conheço
Um outro começo, me levará a outro fim.
Surpreso percebo:
Não era assim que via o lado de cá, quando lá estava?
Era sim.
Paisagem bela, temperatura amena, chuva anunciada
Uma nova estrada com pedras que não conheço
Um outro começo, me levará a outro fim.
Surpreso percebo:
Não era assim que via o lado de cá, quando lá estava?
Era sim.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Prudencia
preciso não dormir
enquanto é dia
aproveitar o caminho que vejo
fazer as pazes num beijo
encher de azeite a candeia e colocá-la no velador
[esvaziar o desejo, encher-me de amor]
pois, não sei a hora
mas o noivo há de vir
enquanto é dia
aproveitar o caminho que vejo
fazer as pazes num beijo
encher de azeite a candeia e colocá-la no velador
[esvaziar o desejo, encher-me de amor]
pois, não sei a hora
mas o noivo há de vir
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Sonhos
era um sonho
desses que agente sonha quando menino, quase inocente
um sonho onde alguém nos visita trazendo um abraço de saudade
trazendo para perto, quem mora longe
um sonho daqueles em que sorrimos dormindo
que falamos dormindo e todos em nossa casa vêem nossa face de quem sonha
um sonho daqueles que sonhamos mesmo depois de acordados
que nos acompanham durante o dia [lembranças]
durante dias, como um sonho
desses que agente sonha quando menino, quase inocente
um sonho onde alguém nos visita trazendo um abraço de saudade
trazendo para perto, quem mora longe
um sonho daqueles em que sorrimos dormindo
que falamos dormindo e todos em nossa casa vêem nossa face de quem sonha
um sonho daqueles que sonhamos mesmo depois de acordados
que nos acompanham durante o dia [lembranças]
durante dias, como um sonho
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Temores
Do vinho temo o sabor
Temo saber aonde irei caso o beba
Caso conceba em pecado, pecando, original
Temo a sede e o querer mais
Temo o calor
Do calor temo a fusão
Temo saber aonde irei caso me dissolva
Caso a sede me visite
Temo não haver Oasis, vento e nuvens
Temo morrer
Da morte temo o saber
O sabor das coisas, aonde irei caso não dê conta
Caso não faça o que precisa ser feito
Temo não haver tempo
Temo o temer
[pois sei das coisas que preciso saber]
Do temor...
... no temor é que busco forças.
Temo saber aonde irei caso o beba
Caso conceba em pecado, pecando, original
Temo a sede e o querer mais
Temo o calor
Do calor temo a fusão
Temo saber aonde irei caso me dissolva
Caso a sede me visite
Temo não haver Oasis, vento e nuvens
Temo morrer
Da morte temo o saber
O sabor das coisas, aonde irei caso não dê conta
Caso não faça o que precisa ser feito
Temo não haver tempo
Temo o temer
[pois sei das coisas que preciso saber]
Do temor...
... no temor é que busco forças.
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