segunda-feira, 5 de março de 2007

A Caminho de Casa

Ando a caminho de casa
Não ouço a chuva que, outrora, molhava minha alma
A cigarra não me mostra seu canto
E ainda assim, alegria é o que há
No canto esquerdo de meu peito.
É nesse caminho que sigo,
Que cheiro a flor que carrego.
E embora o medo de pecar
Construo versos de paixão
Com o coração obssecado
Vigiado pela razão
Que não percebe a quem amo
Agora tento fazer disso um tema,
Um poema, um conjunto de palavras sem rimas:

"EMA, APENAS AVE.
APENAS NOME, QUANDO ISOLADO DE "PO"
PALAVRA PEQUENA QUE ME MOVE AGORA
QUE ME FAZ IMAGINAR ALGO QUE PODERIA SER DITO CASO EU FOSSE POETA
QUE ME FAZ DAR VOLTAS E VOLTAR..."

Com vontade de andar na chuva
Onde cada gota me toca o ombro
Como se me chamasse: Watt... Watt
E tendo muito o que dizer, fico calado
Surge então a saudade, o desejo e o silêncio
Que me impelem, que me impedem
(E talvez por isso, estejam aqui...)
E eu, mudo, diante de ti
Percebo meu mundo distante de ti

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