quinta-feira, 26 de julho de 2007

Dia-a-dia

Ontem chorava...
Chorava como alguém que necessita de colo
como se fosse tempo de tristeza
como se faltasse na vida a beleza, a esperança
como se eu não fosse suficiente
como se não fosse criança, querendo provar o que não pode
como quem ouve uma ode, divina.
Chorava pela estrela vespertina, solitária no céu

Hoje chorei...
Chorei como quem parte só
como se não amasse ninguém
como quem espera um tempo de delicadeza
como se faltasse na vida a esperança, a beleza
como quem não sabe de seu tamanho
como se houvesse provado, sem sentir o sabor
como se me faltasse amor
Chorei por uma lua matutina, solitária, serena em lunação

Amanhã...
Do amanha não sei
A vida me dará os motivos
Mesmo tendo quem me ame ao meu lado
Mesmo tendo muito chorado.
Sairei para a colheita dos espinhos que plantei
Até que meus pés possam pisar o chão
Até que alguém me dê a mão
Até que seja tempo de ser feliz

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