quinta-feira, 26 de julho de 2007

Ao fechar a porta

estavas na varanda, de costas, como que pensativa
olhavas o céus contemplando a lua.
tocando em teus ombros, te chamo.
como quem vai, toco em tua face as costas de minhas mãos
- preciso pegar a estrada de volta.
num abraço terno, falo aos teus ouvidos
agradeço-os por me ouvir femininamente
[lembro o poema]
- vou pro deserto por uns tempos. pensar nas coisas que estão acontecendo [me refazer]
- não sou anjo, nem nada. Não te sinta culpada por não me salvar.
te solto do abraço [apertava muito]
digo frases que não devia ter dito, como quem vai...
- então, agora... [outro abraço, agora mais breve]
... perdoe minha fraqueza. meus sentimentos também

caminho até a porta olhando-te no olho
não digo palavra
[abro a porta lentamente, para ver se ainda me olha]
deixo que perceba minha lágrima
e meu olhar diz: - tente teu caminho de volta também.
seja feliz!
[fecho a porta, outra lagrima cai]
... sigo.

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