terça-feira, 22 de maio de 2007

Ovelha Desgarrada

Sinto me como ovelha desgarrada
Dormindo a beira da estrada
A espera de um pastor que me queira.
Que me ame.
Que tire de mim o negro que me separa e me inclui
Sinto que durmo enquanto é dia.
Durmo com fome
Com medo de acordar, ja que o sono me alimenta.
Espero um pastor que tire de mim o medo.
Que me traga uma espada
Que promova a divisão
Que me faça acordar
Que tire de mim a esperança.
Que me tire de mim.
Eu, que não sou anjo, nem nada
Que gosto de chuva e caminho ao vento,
Sou apenas terra árida, necessitando de humidade
E só agora percebo.
Só, agora percebo.

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